
Era fã dos caras, do tipo que
colecionava tudo que saia, tive todos os LP e depois os CDs. Tinha uma pasta
com tudo que saia na imprensa sobre eles. Cheguei a esperá-los no aeroporto de
Teresina quando eles foram tocar pela primeira vez lá. De presente ganhei o
autógrafo da banda inteira, na capa do LP o Papa é Pop, e lá se vão vinte anos.
Adorava as músicas, as citações de Sartre, as divagações filosóficas, mas
principalmente o desprezo que a banda tinha pela imprensa que não cansava de
criticá-los a cada disco lançado. Penso que Humberto Gessinger, Carlos Maltz e
Augusto Licks eram adeptos do Falem bem ou falem mal, falem de mim. Eles
chegaram a ser escolhidos pelo voto popular como a melhor banda e a pior pelo
voto da crítica, numa votação anual da revista BIZZ, uma publicação mensal que
falava só de música. Era tudo muito bom, divertido e com um pouco de
ingenuidade.
O tempo passou, fiquei adulta, a
banda se dissolveu, encontrei outros ídolos e o Humberto Gessinger engordou
(aff!!) mas qual não foi minha surpresa um dia na sala de espera do aeroporto
de Brasília ao me sentar ao lado de um senhor de cabelo comprido e acima do peso e
vagamente familiar. De repente o homem começou a falar e meu coração disparou,
meu DEUS! Era o Humberto Gessinger em pessoa falando sobre música com um amigo.
E agora? Peço ou não peço uma foto? Ele falando e meu coração trovejando. Por
fim, criei coragem, me virei, pedi licença e perguntei: Você é o Humberto do
Engenheiro, não é? Ele só balançou a cabeça afirmativamete, e eu falei o quanto
era fã, que colecionei tudo que eles fizeram, blá, blá, blá e por fim, pedi a
foto que ele educadamente tirou comigo junto com minha sobrinha. Olha ela aí. E por fim uma música nada óbvia dos caras, mas aqui ele canta com a filha deles
Eu e meu LP autografado dos Engenheiros do Hawaii, artefato caro, viu? Não vendo não troco, não dou.
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