sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Top 10


Na verdade aqui seria um top 100 0u 1000. São muitas músicas, muitas emoções, muitas aventuras, risadas e lágrimas. Música para dançar, celebrar, mas principalmente, música pra viver.

Por onde andei - Nando Reis


Outro lugar – Milton Nascimento


Lema – Ney Matogrosso


Resposta – Skank


Jorge de Capadócia – Jorge Ben Jor


Chica da Silva – Jorge Ben Jor


Perdido de amor – Timbalada 
A versão aqui é do Edson Gomes. O Timbalada não disponibiliza vídeos para incorporação na rede.



Sexual Helling – Marvin Gaye

Onde a dor não tem razão – Paulinho da Viola


I was born to love you - Queen

Música de amigo, para os amigos e com os amigos.

Se me perguntarem que tipo de música eu gosto, respondo sem pensar: gosto de samba. É a música que curto junto com meus amigos, onde sentamos pra tomar umas e outras, rir, conversar e principalmente reafirmar nossa amizade. Samba remete a felicidade, descontração e alto astral. Quer companhia melhor?
Da velha guarda aos herdeiros dos bambas, meu MP3 toca tudo. Só não gosto desses grupos travestidos que tocam um lixo que eles ousam afirmar que é samba. Desses passo longe.
Gosto de Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Alcione, Paulinho da Viola, Fundo de Quintal, Diogo Nogueira, Mart´nália, Arlindo Cruz, Marisa Monte com a velha Guarda da Portela. Ouço tudo, gosto do que é bom.






Nós, os viajantes, na Praia de Copacabana no Ano Novo. Acreditem é o maior programa de índio que já participei, mas lembra o que eu falei ainda há pouco? Os amigos tornam tudo melhor e mais divertido. Mart'nália fez o show e nos divertimos pra valer!


Shows inesquecíveis


Iron Maden, 2009, o show atrasou 15 minutos, o vocalista da banda, Bruce Dickson, que é piloto de aviões de carreira e dirigiu o Boeing que trouxe o grupo para a América Latina, pediu desculpas pelo atraso. Um verdadeiro lorde, como todo bom inglês. O show tinha pirotecnia, efeitos especiais e um boneco enorme que desfilava pelo palco enquanto a banda  tocava. MARAVILHOSO!!!


 Engenheiros do Hawaii, 1990, a primeira vez que eles estiveram em Teresina. Era fã dos caras, cantei todas as músicas. Lembro que fui ao show com o namorado da vez e ele se recusou a descer pra ir para a frente do palco. Dei um beijo nele e falei: "Então tá, no final do show a gente se vê."
Preciso falar mais alguma coisa?

A banda, o ídolo e a fã



Era fã dos caras, do tipo que colecionava tudo que saia, tive todos os LP e depois os CDs. Tinha uma pasta com tudo que saia na imprensa sobre eles. Cheguei a esperá-los no aeroporto de Teresina quando eles foram tocar pela primeira vez lá. De presente ganhei o autógrafo da banda inteira, na capa do LP o Papa é Pop, e lá se vão vinte anos. Adorava as músicas, as citações de Sartre, as divagações filosóficas, mas principalmente o desprezo que a banda tinha pela imprensa que não cansava de criticá-los a cada disco lançado. Penso que Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Augusto Licks eram adeptos do Falem bem ou falem mal, falem de mim. Eles chegaram a ser escolhidos pelo voto popular como a melhor banda e a pior pelo voto da crítica, numa votação anual da revista BIZZ, uma publicação mensal que falava só de música. Era tudo muito bom, divertido e com um pouco de ingenuidade.
O tempo passou, fiquei adulta, a banda se dissolveu, encontrei outros ídolos e o Humberto Gessinger engordou (aff!!) mas qual não foi minha surpresa um dia na sala de espera do aeroporto de Brasília ao me sentar ao lado de um senhor de cabelo comprido e acima do peso e vagamente familiar. De repente o homem começou a falar e meu coração disparou, meu DEUS! Era o Humberto Gessinger em pessoa falando sobre música com um amigo. E agora? Peço ou não peço uma foto? Ele falando e meu coração trovejando. Por fim, criei coragem, me virei, pedi licença e perguntei: Você é o Humberto do Engenheiro, não é? Ele só balançou a cabeça afirmativamete, e eu falei o quanto era fã, que colecionei tudo que eles fizeram, blá, blá, blá e por fim, pedi a foto que ele educadamente tirou comigo junto com minha sobrinha. Olha ela aí. E por fim uma música nada óbvia dos caras, mas aqui ele canta com a filha deles


Eu e meu LP autografado dos Engenheiros do Hawaii, artefato caro, viu? Não vendo não troco, não dou.





Música de formatura

Uma vez li uma entrevista da Adriane Galisteu dizendo que uma das poucas coisas de que ela sente falta é de não ter feito faculdade, não pelo diploma superior, mas pelas amizades e histórias que teria pra contar dos tempos de faculdade, na época, eu ainda fazia Pedagogia e fiz uma busca dos amigos e aventuras vividos naqueles tempos e sou obrigada a concordar com a Adriane: foi uma época divertida, escassa de grana (fiz facu particular, pense a mensalidade, afff!!!), correria e cansaço, que no final valeu a pena. Formei com tudo que tinha direito e mais um pouco. Fiz amigos que ainda tenho contato e aprendi muito.
O engraçado é que adoro formaturas, acho muito mais legal que casamento, sempre chorava quando ia à dos amigos, principalmente a cerimônia de colação de grau. Na minha, não foi diferente, chorei, ri, gritei, fiz tudo que era permitido, eu me cerquei de pessoas queridas e que me amavam.  O Rappa transformou em palavras todas as minhas angustias e alegrias vividos na UCB. Pescador de Ilusões e Mar de gente, são as músicas temas dos anos de faculdade. Mar de gente foi a música que tocou quando a cerimônia terminou. Pescador de Ilusões foi a música do clip que fizemos para homenagear as formandas. Fiz questão também que tocassem no baile, todo mundo cantou junto, emoção total. Quando Falcão gritava: Valeu a pena, valeu a pena, eu gritava de volta: Sim tudo valeu a pena. 


Carnaval, uma paixão



Se alguém me dissesse que em 2008 eu estaria no carnaval da Bahia eu riria e diria que sim, afinal, conhecer os três carnavais mais famosos do Brasil, são viagens que constam na minha lista de coisas a fazer antes de morrer. Fui e foi uma das aventuras mais impressionantes da minha vida!!! A Bahia é uma experiência antropológica literal. 
Pobreza e riqueza estão lado a lado, bonito e feio, alegria e tristeza também. Conto para as pessoas que estou marcada com esta experiência até hoje. A Bahia é um caldeirão de contrastes, brancos de um lado negros de outro, em nenhum lugar onde já fui esse abismo racial é tão grande como lá. E isso foi uma coisa que bateu profundamente em mim. E ter estado três vezes lá ainda não banalizou meu olhar, ainda dói profundamente. E isto ficou mais impresso em mim, depois de ter visto o bloco do Chiclete com Banana em Barra/Ondina. O bloco era simplesmente branco e a corda e a pipoca inversamente negra, numa palavra, choquei!!!!
Mas longe de se sentirem tristes os baianos são alegres por excelência, educado e claro, festeiro, por que de outra maneira ele faria semanas de festas para receber o carnaval e absolutamente barbarizar na folia? A canção de Caetano cabe perfeitamente aqui: “A Bahia tem um jeito...” e que jeito.
Após três carnavais já posso dizer que sou escolada e quase local quando o assunto é folia.
Então, a primeira coisa que você deve saber quando for à Bahia no carnaval é:
-Visitante na Bahia no carnaval não é turista é folião.
Nem pense que dá pra fazer as duas coisas porque não dá, ou você pula ou vai passear, ademais nas festas todos os monumentos estão fechados ou cobertos por tapumes para não haver depredamento ou pior, pro povo não fazer xixi nas paredes, sim, meus caros amigos, no carnaval Salvador vira um banheiro (argh!)! a céu aberto. E não adianta as centenas de pipimóveis, todo mundo mija (leia-se os marmanjos) em qualquer lugar. Mas não se preocupem, eles são craques na festa, na quarta-feira de cinzas tudo começa a voltar ao normal, mesmo durante as festas as ruas são lavadas com sabão e desinfetante e pela manhã o lixo da noite anterior já foi recolhido. 
Quer ir? Vá. Mas de coração aberto. E lembre-se o primeiro carnaval a gente nunca esquece, é uma prova de fogo, é nele que você vai decidir se ama ou odeia a festa e lhe digo, não há meio termo ou você vai amar ou simplesmente odiar. Se odiar não volta nunca mais, mas se amar não quer nem saber voltará outras vezes, de preferência todos os anos.
Olha nós em pleno sábado, 13 de fevereiro de 2010 no Bloco Cerveja e Cia com a Ivete Sangalo cantando O lobo mau. Tuuudo de bom!!!!



A música do primeiro amor

Ele tinha 25 e eu 16, pra completar éramos primos em primeiro grau, escandalo completo na família. Mas enquanto éramos alvos de fofoca, tudo que queríamos era um lugar sossegado pra namorar, conversar e ouvir nossas músicas preferidas. E posso dizer que foram muitas, mas nenhuma marcou tanto quanto Amor Perfeito na voz de Roberto Carlos, ela era o resumo do nosso amor: Eu morando em Teresina, ele em Fortaleza. Cada um com suas responsabilidades e uma vida pra levar. Nosso namoro se dava por cartas, telefonemas e músicas que ouvíamos e que mandávamos um para o outro e visitas nos feriados, fins de semana e férias. Amor perfeito foi escolhida porque é a música que eu ouvia quando me despedi dele a primeira vez. Eu, dentro do ônibus, olhando pra janela, chovia e a água escorrendo pelo vidro, era impossível não chorar. Eu contava os dias e as horas prara reencontrá-lo novamente. Ainda hoje, quando ouço, meu peito aperta e uma saudade de tudo que vivi me cutuca.Pena que depois ela foi regravada por outros artistas que nem sempre souberam deixar a parte romantica sobressair. Mas também penso que é o tempo de cada um, quantas pessoas não foram tocadas por essa música na voz de Claudia Leite ou Chiclete com Banana? E então me digam: o amor é ou não é LINDOOOO!!!! Pra mim ele é maravilhoso.

Eu, Caetano e as Sampas de cada um de nós

Sou piauiense de nascimento e brasiliense de coração. Amo Brasília como se aqui tivesse nascido e muito me orgulho da cidade que me fez crescer e conhecer tanta gente boa. Entretanto, este amor não foi a primeira vista. Cheguei em um domingo frio, era 15 de março de 1992 pra ser mais exato. De início a cidade me impressionou, tudo aquilo que eu via na televisão: o Eixo Monumental, a Esplanada, o Monumento JK, tudo agora fazia parte da minha rotina. Eu não era turista, seria uma moradora em modo permanente.
Mas ao mesmo tempo que me deslumbrava morria de saudade de Teresina, dos meus amigos, do meu cachorro, da minha casa, da vida que levava lá. tão diferente do mundo agitado e cheio de preocupações com o futuro que se apresentava. Achava a cidade e as pessoas frias e distantes e pouco interessadas em fazer amigos. Fato este que revelou um agradável engano. Graças a Deus!
Em meu período de adaptação, ouvia minhas músicas e nenhuma delas me marcou mais do que Sampa naquele fase. Caetano canta suas impressões sobre São Paulo. Se eu já gostava da música, aqui em Brasília, eu pude entender cada pedacinho do que ele falava. Nordestino no "SUL", o frio que fazia na cidade, o novo, as curvas (ou a ausencia delas) das construções, as pessoas que passavam apressadas e que para mim só pensavam em trabalhar, me fizeram muitas vezes chorar de saudade da minha terrinha.
Quando ele falava:

E foste um difícil começo
Afasta o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te realidade

Meu coração ficava pequenhinho e eu dizia mentalmente: podemos ficar sócios Caê, sei exatamente como você se sente, pois a sua dor é a minha dor. Mas ao mesmo tempo, me davam esperança de que se Caetano foi, viu e venceu, eu com certeza também conseguiria.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Trilhas Sonoras dos filmes e da vida


Era uma menina quando assisti pela primeira vez Cantando na chuva, fiquei impactada, e olha que a minha tevê era preto e branco! Mas vê aqueles cenários grandiosos, as músicas e o romance do casal principal me marcaram pra sempre. O roteiro é um primor de nonsense: um grupo de atores de cinema dos anos vinte, vê a chegada do cinema falado como uma ameaça ao seu sucesso, a principal estrela, apesar de lindíssima, tem uma voz anasalada que parece sair do joelho e faz o possível e o impossível para namorar na vida real seu par nos filmes, coisa que não interessa ao galã que está apaixonado por outra. A cena em que Gene Kelly canta com Debbie Reynolds e´arrebatora sem falar na cena que dá nome ao filme.
Curiosidade de cinéfila: no dia em que Gene Kelly, gravou a cena na chuva ele estava gripado e com 38 graus de febre. Profissional, nada! Pena que o youtube não disponibiliza o link para incorporação. Mas vai aí o link para vocês verem I'm singing in the rain.

http://www.youtube.com/watch?v=BrNAtk3W8wE&feature=related

Trilhas inesquecíveis que ouço sem enjoar:
Mudança de hábito 1 e 2, uma cantora de boate vê o namorado mafioso assassinar um homem e precisa se esconder para não ser morta por ele. O programa de proteção a testemunha a coloca em um convento com um coral super desafinado que ela por absoluta falta do que fazer começa a ensaiar. Música, confusão, muita ação e gargalhadas  .



Grease - A trilha sonora é demais, mas não é por isso que merece entrar. Fui ao casamento de um amigo onde só tocou o vinil (!) do filme. Divertidíssimo!!!



Sweeney Todd: o barbeiro assassino da Rua Fleet, um filme com sangue e navalha a dá com pau e música nos momentos mais inusitados, teve gente que não gostou. Mas a combinação é no mínimo curiosa.



O casamento de Muriel, a trilha sonora toda com o ABBA. Divertido e triste ao mesmo tempo.
Uma curiosidade: o diretor teve que viajar até a Suécia pra conversar com os caras da banda e dizer que o projeto era sério e o roteiro não era brincadeira. No final, o diretor conseguiu os direitos e pôde fazer o filme.



O fantasma da Ópera, precisa dizer alguma coisa?



Juno, esse é o filme mais despretensioso que já vi, com uma trilha fofa e ótima pra ouvir passeando de carro.



Mulan, o filme é um samba do crioulo doido que mistura costumes japoneses e chineses, mas música que acompanha a cena em que ela aprende a lutar é sem palavras.



Glee, os loosers da Escola Willian McKinley em Lima, Ohio, são doidos para alcançar a fama e chegarem inteiros ao fim de mais um dia de aulas. Há episódios temáticos como Madonna e Britney Spears, tudo de bom!!!

Fé e música

"Aquele que canta reza duas vezes."
Não sei rezar, não sei pedir, minha fé se confirma muito pela música. Muitas vezes quando me sinto angustiada, e triste, me volto a cantar todas as músicas e hinos religiosos que conheço.
Da infância, lembro de Pe. Zezinho, cantando Alô, meu Deus, Utopia, aliás, essa música é a cara da minha família e principalmente do meu pai.
Adulta e participante de grupo de jovens, comecei a ter contatos e conhecer outras bandas e cantores, como Vida Reluz, Mensagem Brasil, Pe. Marcelo, Pe Jonas, Kelly Patrícia, Adriana, Quarteto Yorrane que só conheço pelo Youtube, que tem uma música linda chamada Vento do Espírito, nunca vi ninguém tocar ou cantá-la ao vivo, mas me enche os olhos d'agua e renova minha fé em mim e principalmente naquele que me criou e todas as coisas sobre a terra.

Como afirma Eugênio Jorge: A Ele a glória, a Ele o louvor, a Ele o domínio, Ele é...



Vento do Espiríto



Regaço Acolhedor

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Entre Madonna, Menudo e Michael Jackson

MENUDO, a inocência




Tinha 14 anos, quando uma banda portoriquenha formada por cinco adolescentes liiiinnndos, cantando Não se reprima estourou no Brasil. Fiquei apaixonada. Os meninos eram o sonho de toda adolescente e ainda cantavam e dançavam e pelo menos aparentemente eram educadíssimos. O nome da banda? Menudo. Formada por Robby Rosa, Charlie Massó, Roy Rosselo e Ray Reyes, eles foram o meu sonho de príncipe encantado quando menina. Tinha posters, camiseta e bottons. E acompanhava cada clip, reportagem e fofoca que saiam sobre eles com uma voracidade típica da adolescência. Os meus favoritos eram o Charles e o Robby, comprava tudo que publicavam deles, sabia as músicas de cor. Eles lançavam até moda, usando umas tiras coloridas amarradas na coxa, braços e faziam contraste com os jeans e camiseta que usavam. Tudo de bom!!!




MADONNA, aprendendo a ser mulher






Ela era loira e parecia uma piriguete, pelo menos a primeira vez em que a vi. Madonna cantava Everybody. Depois vieram Holiday, Like a virgin e o resto é história. Diferente dos Menudos, que tornaram-se bregas e apenas uma lembrança de adolescência, Madonna me acompanha há mais de vinte anos. Cantei, namorei, amei, chorei, dancei e me tornei adulta com suas músicas, Like a prayer foi uma das primeiras músicas que cantei sabendo o que cantava em inglês.
Correndo o risco de ser vaiada, posso afirmar que estou envelhecendo com ela. Mas como poucos ela soube levar seus velhos fãs e arrebanhar outros mais jovens. Sua qualidade pra isso? Ela está ligada com o que acontece a sua volta e não se deixa ser engolida pelo mainstream. Se ela ousa pelas declarações polêmicas, ela também surpreende ao se ligar a produtores e cantores muito mais jovens e com idéias super ousadas, vide sua perfomance em 4 minuts com Justin Timberlake e o produtor Timbaland.



Em alguns momentos é o exemplo pras fãs quarentonas, ao namorar rapazes mais jovens e ser quase um tubarão nos negócios. Quer dizer, ela é senhora do seu destino; embora muitas vezes seja criticada por sua obsessão em sempre parecer magra e não querer envelhecer, se tornando vítima do botox e de intervenções cirúrgicas, ela falha como todo ser humano. É símbolo de transgressão, mas tem todas as inseguranças de uma mulher do seu tempo. Ninguém é perfeito, é o mínimo que se pode dizer sobre isso, mas Madonna continua tão atual nas pistas de dança que isso pode ser relevado. 





MICHAEL JACKSON, o cara





Antes de saber que ele cantava eu já assistia ao seu seriado Os Jackson's. Pense uma coisa super hippie com mandalas rodando e eles cantando no meio do episódio? Tudo de bom! Eu era criança e já era fã do Michael Jackson. Fã e apaixonada por ele! A voz era maravilhosa, a dança hipotizante e o sorriso de arrasar.



Então ele estourou com Thriller, e tudo virou Michael Jackson, queria fazer seu passinho do Moonwalker (aquele que você desliza pelo chão) dançar igual seus bailarinos e claro, ser a menina que ele escolheu pra namorar.
Mas a realidade revelou-se outra, ele tomou remédio para ficar branco, fez plásticas pra suavizar seus traços afro-descedentes e ficou mais que provado que ele era um pedófilo de marca maior e os procedimentos cirúrgicos foram tantos que ele era um ET quando morreu.



Juntando tudo isso a suas esquisitices, ainda teve filhos que não eram dele, casou-se de fachada com a filha do Elvis e com uma enfermeira que foi uma incubadora pra dois de seus  supostos filhos.
A medida que ele ficava mais velho, os escândalos se sucediam e sua qualidade musical também caia. É engraçado que apesar de ser fã do cantor, o homem Michael Jackson, decepcionava todo mundo. Entretanto ouvir e ver Billie Jean, Thriller,  Beat it, Human Nature, Say, say, say com Paul Macartney, Black or White é viajar no tempo e perceber que ninguém é igual a ele. Michael, foi um dos percussores do video clipe. Era pura magia. Quantas noites de domingo, nos sentávamos pra assistir ao Fantástico só pra ver o novo clip dele. E quantas vezes o programa na semana seguinte repetia o clip porque uma enxurrada de cartas e telefonemas pedia bis? O homem era um gênio. E eu ainda me emociono com suas músicas.






Prefiro colocar aqui sua melhor fase. Afinal, foi a que eu mais aproveitei.

Referências de gente grande


Crescer ouvindo rádios com programação AM, em muitos momentos era chato, mas ao mesmo tempo, não havia uma preocupação em tocar o que estava na moda ou um jabá* muito descarado. As rádios tocavam muita música antiga e principalmente brasileira. Todas as músicas de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Roonie Von, música italiana dos anos sessenta, The Fevers, Raul Seixas, Genival Lacerda, Elizangela, Amado Batista, Abba, Rod Stuart, Bee Gees, Wilson Simonal, Rita Lee, Sidney Magal, Jorge Ben (sem o Jor, ainda), Martinho da Vila, Originais do Samba, Hermes Aquino, Jane e Herodi entre muitos outros e sem falar nos atores que davam uma de cantores e declamavam poesias entre eles Francisco Cuoco, Cid Moreira declamando Desinderata, foram ouvidas, aprendidas e cantadas por mim.
Desse tempo lembro-me de uns discos onde as capas eram umas mulheres lindas em cima de umas motos. Tentei encontrar alguma delas na net, mas o que encontrei foi uma foto da Ivete Sangalo inspirada nessas capas.



Ainda nos anos setenta o que fazia sucesso eram músicas internacionais cantadas por cantores brasileiros. Tinha Morris Albert, Cristian da dupla Cristian e Ralf, Mark Davis, mais conhecido hoje como Fabio Jr., Tony Stevens, o Jessé. Achei no Youtube, vários vídeos dessa turma e escolhi o do Morris Albert, ele canta Fellings, achava a música linda e ele como os outros não dava entrevistas ou se deixavam fotografar Por que? A maioria não falava inglês, era pura decoreba pra cantar as músicas, mas eu adorava.



E claro, A gargalhada, não faço a mínima quem cantava na época, e procurei também na rede, mas a única gravação disponível é a do Rony Cócegas, o Cocada, alguém lembra? Achava o máximo!!! Praticamente todos os dias ela tocava ao meio dia.




*jabá - dinheiro que djs e radialistas recebem pra tocar a música de determinado cantor em seus programas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Música de criança


Nasci no dia 29 de junho de 1970, era uma segunda-feira, vim ao mundo em plena festa de São Pedro e São Paulo, resumindo, estreei nos festejos juninos, meu pai conta que arrebentou a porta traseira da maternidade com um chute, porque não deixaram ele entrar pela porta da frente, pois a mesma estava fechada. Se minha mãe cantou pra mim, não lembro, mas fui criança em uma época em que todo ícone, compositor, ator ou cantor produzia e cantava para as crianças.
Ouvia Carequinha, A coleção Meu disquinho (lembra dos vinis coloridos?), assistia Vila Sésamo, Sítio do Pica Pau Amarelo e todos os especiais infantis que a Globo produzia, entre eles A arca de Noé e Pluct Plact Zum e um trio infantil que cantava as músicas de sucesso dos adultos, Os três patinhos. Eles cantavam com uma voz distorcida que hoje soa horrível e tosco, mas  era o máximo, e  a pista de qualquer festinha de aniversário entupia quando eles tocavam na radiola.
O Sítio tinha uma trilha sonora de babar, e contava com Dorival Caymmi, Os doces bárbaros e Lucinha Lins. Minha frustração? Na minha casa não havia aparelho de som, mal e mal tinha um rádio que só pegava AM, e mesmo se tivesse FM, não havia emissoras de rádio em frequência modulada em Teresina na década de 70. Quer dizer, só ouvia as músicas no programa. Só depois de adulta é que pude ter o disco com todas aquelas canções maravilhosas e poder escutá-las quantas vezes quiser.
As músicas dessa época viraram clássicos e são regravadas até hoje pela nova geração de cantores da música brasileira. Quer um exemplo? Arlindo Cruz, canta uma versão samba de A casa, para o quadro Lar Doce Lar, do Caldeirão do Huck, antes foi cantada pelo Capital Inicial.






01 - Sítio do Picapau Amarelo (Gilberto Gil) - Gilberto Gil
02 - Narizinho (Ivan Lins-Vitor Martins) - Lucinha Lins
03 - Ploquet Pluft Nhoque (Jabuticada) (Dory Caymmi-Paulo César pinheiro) - Papo de Anjo
04 - Peixe (Caetano Veloso) - Doces Bárbaros
05 - Saci (Guto Graça mello)
06 - Visconde de Sabugosa (João Bosco-Aldir Blanc) - João Bosco
07 - Dona Benta (Ivan Lins-Vitor Martins) - José Luis
08 - Pedrinho (Dory Caymmi-Paulo César Pinheiro) - Aquarius
09 - Arraial dos Tucanos (Geraldo Azevedo-Carlos Fernando) - Ronaldo Malta
10 - Tia Nastácia (Dorival Caymmi) - Dorival Caymmi
11 - Passaredo (Francis Hime-Chico Buarque) - MPB4
12 - Emília (Sérgio Ricardo) - Sérgio Ricardo
13 - Tio Barnabé (Marlui Miranda-Jards Macalé-Xico Chaves) - Marlui Miranda e Jards Macalé


Carequinha e seu clássico: O rock do ratinho





O ar, que faz parte da Arca de Noé I, especial da Globo e disco.



Pirlimpim, presente no especial da Globo e no disco Plunct Plact Zum.



O sucesso pega na mentira de Erasmo Carlos na voz (?) de Os três patinhos.

A música deles


Meus pais estão casados há mais de quarenta anos e compartilham o mesmo gosto por música. Mas, qual não foi minha surpresa ao perguntar qual era a música que lembrava o namoro deles e minha mãe simplesmente não lembrava qual.(?) Eu me perguntei como, como assim, não lembra da música? Minha mãe puxa daqui, dali e não saiu nada, fui então perguntar para o meu pai, que também não fazia a mínima ideia!!!!(?) Dei um tempo pra eles e depois perguntei novamente, por fim eles lembraram e cantaram juntos um trecho da música. A canção em questão chama-se Não mereço você, na voz de Agnaldo Timóteo. A gravação é de 1965, mas os anos de namoro foram entre 1968 e 1969.

             As cinco mais tocadas em 1968 foram:
1. Hey Jude - Beatles
2. Viola Enluarada - Marcos Valle & Milton Nascimento
3. Baby - Gal Costa & Caetano Veloso
4. Sá Marina - Wilson Simonal
5. Love Is Blue - Paul Mauriat

As cinco mais tocadas em 1969 foram:
1. As curvas da Estrada de Santos - Roberto Carlos
2. Aquele abraço - Gilberto Gil
3. Hoje- - Taiguara
4. Aquarius/Let the sunshine In - 5th Dimension
5. País Tropical - Wilson Simonal

Fazendo uma comparação, com o que eles ouviam e o que bombava na parada de sucesso, o casal nadava contra a corrente do que era moda na época.


LEMA

Pra começar, apresento Lema, música linda, onde Ney Matogrosso afirma que, mais do que não querer envelhecer, é o espírito que nos mantém jovem.
retirada do DVD Inclassificáveis.